Um BURRO em Jerusalém...
04-08-2014 18:43
De volta a Jerusalém, sozinho, todos os que passavam por ele fizeram o inverso do que esperava: maltratavam-no, achincalhavam-no e até lhe batiam... Já em casa, conta à mãe:
LEMBREI a sabedoria daquele pai que todos os dias repetia aos filhos: - Há tanto que aprender !... Todos nascemos burros, mas só os burros permanecem assim...

Alegro-me, porque me vejo diante de uma fábula / parábola – esse recurso literário próprio para tentar dizer o impossível... É com isso que lidamos no Telefone da Esperança (T.E.). Ouvir o impossível. Tentar dizer o impossível. Fazer Formação (impossível...) para quem terá de ouvir e dizer o impossível de dizer-se capazmente: - a d’IGNIdade de um ser humano. Na sua dimensão noético espiritual. Nascido da bio-físico-química, mas para elevar-se às alturas da Transcendência do “Divino”.
Vamos, então, à nossa fábula / parábola:
De volta a casa, um jumentinho, todo contente, fala assim para a mãe:
- Fui a uma cidade grande e, quando lá cheguei, fui muito aplaudido. A multidão gritava alegre, estendia os mantos pelo chão, atiravam flores... Todos estavam contentes com a minha presença.
- Fui a uma cidade grande e, quando lá cheguei, fui muito aplaudido. A multidão gritava alegre, estendia os mantos pelo chão, atiravam flores... Todos estavam contentes com a minha presença.
Mais sábia do que o filho, a mãe perguntou se ele estava sozinho.
- Não. Estava a levar um homem a quem chamavam Nazareno – filho de um carpinteiro.
Aí, a mãe tentou ajudar a perceber: - Olha, filho, volta a essa cidade, mas agora sozinho.
Aí, a mãe tentou ajudar a perceber: - Olha, filho, volta a essa cidade, mas agora sozinho.
- Bom, respondeu o burrinho, quando eu tiver uma oportunidade, voltarei lá...
De volta a Jerusalém, sozinho, todos os que passavam por ele fizeram o inverso do que esperava: maltratavam-no, achincalhavam-no e até lhe batiam... Já em casa, conta à mãe:
- Estou triste, pois nada aconteceu como esperava. Nem palmas, nem mantos, nem flores, nem honra de espécie alguma... Não me reconheceram...
Indignado, pergunta ainda: - Porquê aconteceu isso assim comigo, minha mãe?
A resposta não podia ser outra: - Olha, filho, um burro fechado em si, sem a comUNI(h)ão com os outros (sobretudo com esse maravilhoso “outro” a que nos habituamos a chamar “Deus”, porque nos dá a d’IGNIdade), um burro sozinho, nunca passará de um reles jerico !...
LEMBREI a sabedoria daquele pai que todos os dias repetia aos filhos: - Há tanto que aprender !... Todos nascemos burros, mas só os burros permanecem assim...